Atirador pode ter recebido R$ 38 mil para matar Ana Paula

Ana Paula Campestrini foi morta por motociclista (Divulgação)

Bem Paraná

Wagner Cardeal Oganauskas teria pago R$ 38 mil pela morte da ex-mulher Ana Paula Campestrini. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (28) pelo jornal Boa Noite Paraná, da RPC, há extratos de duas transferências de uma empresa de Oganauskas para a conta de Marcos Ramon, suspeito de ter atirado. “Esses repasses foram efetivamente o pagamento recebido pelo atirador para a morte de Ana Paula Campestrini”, afirmou a delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, em entrevista à RPC. Ana Paula foi executada em 22 de junho com mais de dez tiros por um homem em uma moto quando chegava em casa no Santa Cândida, em Curitiba. O casal tem três filhos, de nove, 11 e 17 anos. 

Organauskas e Ramon estão presos desde quinta (24), suspeitos do crime. Os advogados de defesa dos dois informaram, em nota, que não podem se manifestar publicamente sobre provas do inquérito, porque o processo está em segredo de justiça. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a morte de Ana Paula como feminicídio e a motivação seria a disputa judicial pela guarda dos filhos e bens após o divórcio, que aconteceu há três anos. Nos último mês, Ana Paula tinha conseguido decisões favoráveis principalmente sobre as questões patrimoniais. 

A delegada disse ainda, na reportagem da RPC, que mensagens trocadas entre Ramon e um porteiro do clube onde ele era diretor comprovariam que a motocicleta usada pelo atirador no dia do crime é dele. A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de amigos e familiares de Ana Paula,  oferece uma recompensa de R$ 2 mil por informação que possam ajudar na localização da moto usada para executar Ana Paula Campestrini na última terça-feira (22). Segundo post feito na rede social da delegada Tathiana Guzella, responsável pelo caso, trata-se de uma moto 80 BMS 180, Bull Motors, não emplacada e sem o retrovisor esquerdo. Amigos de Ana Paula Campestrini fizeram no domingo (27) um ato pedindo justiça na Praça Santos Andrade.