Audi volta a produzir em São José dos Pinhais e prefeita Nina otimista
Da Assessoria
Na quarta-feira (29) a prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, participou da cerimônia de retomada de produção da Audi do Brasil, em sua sede no município. A empresa interrompeu sua produção no Brasil em agosto de 2020 com o final do modelo A3 que até então era produzido aqui. A matriz da Audi não via justificativa para a manutenção de fabricação, pois como os volumes de produção e vendas são extremamente baixos, não havia possibilidade de desenvolvimento de fornecimento de peças localmente com custo competitivo. O Ministério da Economia do Brasil então regulamentou a importação de peças e componentes com um imposto de 18% (equivalente a peças), o que possibilitou à Audi viabilizar o retorno à produção no modelo Semi Knocked Down (SKD) – em que todas as peças e componentes vêm em kits da empresa matriz, para a unidade de São José dos Pinhais, que funciona conjuntamente com a Volkswagen.
Na ocasião a prefeita Nina Singer agradeceu as iniciativas da Audi e do Governo do Estado e destacou que São José dos Pinhais, o terceiro polo automotivo do país, tem mão de obra preparada e qualificada para absorver as novas demandas da empresa, que neste primeiro momento pode gerar até 200 novos postos de trabalho.
A história de fabricação nacional da Audi no Brasil teve início em 1999 com a inauguração da unidade de São José dos Pinhais, onde foram produzidos os Audi A3 de primeira geração nacionais até 2006. Em 2012, o governo brasileiro instituiu o Inovar-Auto, Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, e com ele a Audi do Brasil decidiu produzir no país novamente. Para concretizar a decisão, a empresa investiu cerca de R$ 446 milhões à época, na unidade paranaense.
Segundo o presidente e CEO da Audi do Brasil – Daniel Rojas os modelos escolhidos na retomada da fabricação nacional são os novos Audi Q3 e o Audi Q3 Sportback, no formato SKD, ambos equipados com motorização 2.0 litros de 231 cavalos de potência, que serão produzidos com tecnologias inéditas no país como a icônica tração integral quatro exclusiva da Audi e a transmissão Tiptronic de oito velocidades, e devido ao sucesso do Audi Q3, conforme estudos de mercado e opinião de profissionais da área, a escolha da retomada de produção e do modelo a ser produzido, foi a decisão mais acertada.
Para viabilizar a reinauguração da unidade fabril, a Audi do Brasil está realizando um investimento de R$ 100 milhões na modernização da linha de montagem, que ganhou novos maquinários, ferramentais, equipamentos de controle de qualidade e sistemas de tecnologia da informação, infraestrutura logística, investimentos em equipamentos, engenharia e novos modelos. Esse montante se soma aos R$ 446 milhões já investidos pela marca desde a criação do Inovar-Auto, em 2012. Com isso, na última década a montadora já acumula mais de meio bilhão de reais investidos em sua fábrica no país. Serão investidos ainda R$ 20 milhões para a instalação de 42 pontos DC de 150 kW, até meados de 2023, segundo representantes da Audi do Brasil. DC é um padrão de carga rápida em corrente contínua que suporta potência até 250 kW, e uma particularidade interessante deste conector é a capacidade de carregar a bateria auxiliar de baixa tensão e a bateria de alta tensão para tração do carro elétrico.