Bolsonaro se reúne com Ludhmila, que deve substituir Pazuello no Ministério da Saúde
Agência Brasil
Não há dúvidas no governo, o general Eduardo Pazuello queimou o filme como ministro da Saúde. Para substitui-lo, o presidente Jair Bolsonaro conversou durante três horas com a médica Ludhmila Hajjar, que foi sempre sua apoiadora, mas que mudou de opinião sobre o enfrentamento da Pandemia. Especialista no combate ao Covid-19, Ludhmila criticou atraso na vacinação. Disse mais. “Não era nunca para estarmos em crescimento do número de doentes mortos sendo que o mundo todo demonstra uma queda. O Brasil está fazendo tudo errado e está pagando um preço por isso. Hoje temos um número muito pequeno da população vacinada. Isso tudo tem um resultado hoje catastrófico,
A verdade é que Bolsonaro também está mudando de opinião. Aparições com máscara facial, a divulgação da imagem de um Zé Gotinha com uma injeção em formato de fuzil e um novo lema: “A nossa arma é a vacina” marcam a recente mudança de postura de um presidente de viés negacionista. Mas a atual preocupação de Bolsonaro não é com a desenfreada pandemia de coronavírus, que já matou mais de 275.000 brasileiros, mas com a campanha eleitoral. Com a popularidade em queda e a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cenário de 2022.
Bolsonaro escutou da rede que o cerca que as críticas às vacinas e os embates com os defensores da imunização já tinham chegado ao estágio máximo. O presidente da Câmara Artur Lira liderou o esforço para mudar Pazuello e a linha do governo. Foi alertado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de uma conta óbvia: sem imunização em massa dificilmente a combalida economia brasileira reagirá no próximo ano, justamente quando ocorrerá o pleito. E uma crise financeira junto às centenas de milhares de mortes provocadas pela covid-19 derrubam suas chances de reeleição.