Buscas por adolescente autista que desapareceu em Cianorte completam 2 meses: 'Esperança não acaba', diz pai

G1 Paraná

As buscas pelo adolescente Hayslon Miguel Valinhos de Oliveira (foto arquivo pessoal), de 16 anos, estão completando dois meses, nesta quinta-feira (23). O jovem é autista e foi visto pela última vez, em outubro, em Cianorte, no noroeste do Paraná. A família de Hayslon percorreu mais de 20 cidades da região em busca pelo rapaz. O desaparecimento também é investigado pela Polícia Civil. Informações sobre o paradeiro do jovem podem ser repassadas pelo telefone 190.

O pai de Hayslon, Valdecir Nunes de Oliveira, disse que tem impressão que não vê o filho há mais de um ano. Ele disse ainda que não interromperá as buscas até encontrar o jovem. "Foram meses de bastante correria e sofridos. Enquanto eu não achar, não vou parar de buscar. A esperança não acaba. Encontrar ele seria um presente imenso", disse.

A recomendação da família é para que, caso alguém encontre o rapaz, evitar chegar falando alto e em grande número de pessoas. Por causa do autismo, Hayslon também tem problemas de comunicação. O correto é oferecer ajuda e informar que irá chamar o pai dele e chamar a polícia imediatamente. A Polícia Civil informou que ouviu diversas testemunhas, sendo que sete prestaram depoimento oficialmente. Por enquanto, o órgão descarta a possibilidade de crime no desaparecimento.

O caso

O garoto passava por acompanhamento psicoterapêutico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de  Cianorte. Pelo autismo, as investigações apontam que ele pode estar andando sem rumo. Segundo o pai, amigos e familiares o ajudam a procurar o menino. As forças de segurança suspenderam as buscas enquanto não houver pistas mais concretas sobre a localização do adolescente. Entretanto, novas informações podem ser passadas para a Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Valdecir explicou ainda que algumas informações sobre o adolescente estão desencontradas. Uma das últimas é que um adolescente parecido com Hayslon foi visto em Umuarama, também no noroeste. De acordo com o pai, o menino estar na cidade faz sentido, pois a última vez que o viu, o filho disse que iria morar com a mãe, em Umuarama.