Comércio crê que isolamento na pandemia pode ajudar nas vendas do Dia das Crianças
Da Assessoria
Crianças, pais e lojistas esperam ansiosos pelo Dia das Crianças. Comemorado no dia 12 de outubro, a data é a terceira mais importantes para as vendas do comércio brasileiro, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), deve movimentar aproximadamente R$ 10,87 bilhões neste ano. Neste ano de pandemia, contudo, e diferente do que aconteceu com outras dataas até o momento, a expectativa é de vendas melhores. Segundo o Sebrae, as empresas dos setores de comércio e serviço acreditam que as famílias devem buscar oferecer às crianças, nesse dia 12 de outubro, uma experiência que contribua para aliviar o estresse causado pela pandemia e, assim, irem às compras.
Sonia dos Santos é gerente de vendas da loja Era Uma Vez Brinquedos, no Batel, e conta que o isolamento social está influenciando nas vendas. “Os pais sempre procuram muito brinquedo no dia das crianças, e com a situação a procura está um pouco maior. A preferência é por produtos mais novos, lançamentos, coisas diferentes das tradicionais”, explica a gerente. Brinquedos e jogos interativos também estão em alta pelo mesmo motivo. Segundo dados publicados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a procura por jogos que sejam interativos cresceu durante o isolamento social. A estimativa dos fabricantes, em 2020, é manter um ritmo de crescimento de pelo menos 3% em relação ao ano passado, quando a alta registrada foi de 6%.
A proprietária da loja de brinquedos Divertivida, Caroline Colin, conta que brinquedos educativos e que ocupassem o tempo da criança, tiveram aumento na procura desde março. “Quando começamos com a venda pelo WhatsApp e a entrega por delivery, sentimos que houve uma procura maior por brinquedos de atividades manuais ou jogos, como quebra-cabeça e jogos de passar o tempo. Até mesmo nas últimas semanas, a demanda está sendo por brinquedos que a criança se envolva por mais tempo como jogos de pintura, costura e montagem”, relata.
Jogos de tabuleiros e quebra-cabeças viram tendência
Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) mostram que, com o isolamento social, cresceu a procura por jogos de tabuleiros, quebra-cabeças e outros brinquedos. A estimativa dos fabricantes, em 2020, é manter um ritmo de crescimento de pelo menos 3% em relação ao ano passado, quando a alta registrada foi de 6%. Para o gerente de Atendimento ao Cliente do Sebrae, Enio Pinto, algumas tendências que já eram percebidas desde o ano passado, ganharam ainda mais força nesse período de pandemia. “Os filhos da Geração Millennial (a chamada Geração Alpha – crianças nascidas a partir de 2010), valorizam a experiência muito mais que a posse de um bem. Ao contrário das gerações passadas, onde o fim ou resultado era mais importante que a jornada, as crianças e adolescentes estão em busca dessa vivência personalizada’, disse. “Construir o próprio brinquedo a partir de um kit ou montar em casa o próprio hambúrguer, são exemplos desse novo modelo de consumo”, comenta Enio. “Seja qual for o produto ou serviço que a empresa vai entregar, o peso da experiência será cada vez maior”, conclui.
Outra tendência que foi consolidada pela pandemia e deve permanecer como um comportamento do consumidor após a crise é a transformação digital. “As empresas precisam estar presentes em todos os canais possíveis e oferecer uma experiência de compra com zero fricção. Isso significa que o cliente não deve ter desgaste de nenhum tipo. Ele quer escolher o produto com rapidez e pagar com facilidade, sem burocracia”, Comenta Enio Pinto.
Internet
Em pesquisa publicada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o Dia das Crianças de 2020 também deverá ser simbolizado pelo aumento significativo na procura por lojas que façam a venda pela internet, que em 2019 marcavam 4,4% e em 2020 chega a 21,7%. No entanto, a preferência dos paranaenses ainda é pelas lojas presenciais que devem receber 55,7% dos clientes.