Economia
Comércio de rua e outros segmentos pedem socorro
Publicado: 10/07/2020
Autor: oreporter
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Lojistas foram até o legislativo para pedir interferência e abrir diálogo com o Executivo[/caption]
Da Redação
O comércio de Fazenda Rio Grande dá os últimos suspiros e, caso o Executivo não sinalize a abertura dos vários segmentos, empresários e lojistas entram em colapso e vai trazer muitas consequências, com a dispensas de centenas de colaboradores. E a fiscalização tem cumprido à risca o decreto e fazendo valer a determinação. Preocupados com o amanhã, no início desta semana, um grupo de empresários foi até o legislativo fazendense pedir socorro.
Os comerciantes mostram preocupação com o amanhã, pois o vírus pode fazer com que o decreto seja estendido por mais dias, semanas. “Tenho 50 funcionários e, apesar da situação não dispensei ninguém. Mas até quando conseguirei manter o quadro de colaboradores? Se o decreto continuar vigorando e com as lojas fechadas, certamente alcançaremos a falência. De que adianta fechar os comércios de ruas e permitir a abertura de mercados e bancos, onde as filas são enormes e não existe fiscalização em relação ao distanciamento. Então, eu acredito que o prefeito Marcio Wozniack deva abrir um diálogo com os lojistas e buscar soluções para amenizar a nossa situação. Temos folha de pagamento, aluguel, taxas municipais, luz, água, internet e, tantas outras despesas para pagar mensalmente e, sem venda, vamos ter que fechar. Até aqui estou conseguindo honrar os compromissos, mas não sei dizer até quando. Só posso afirmar que estou preocupado com o dia de amanhã”, fala preocupado o empresário Alexandre Maringá, que tem duas lojas em Fazenda Rio Grande. Desde 2007 no município, Alexandre conseguiu organizar dois estabelecimentos, que oferecem 50 empregos. “Se eu tiver que dispensar a metade, serão 25 famílias sem renda. E, quem vai ajudar estas pessoas. A prefeitura? Obviamente que não, então temos que buscar um caminho que permita que possamos trabalhar”, apela Alexandre Maringá. “Este abre e fecha não está certo. E se a pandemia passar para agosto, setembro? Se somos obrigados a fechar, então que seja fechado tudo, até mesmo os bancos e mercados, pois estes locais recebem centenas e milhares de pessoas diariamente. Que a lei seja igual para todos”, questiona Alexandre.
Na última segunda-feira feira, através de uma mobilização entre empresários dos mais diversos setores, um grupo se dirigiu até a Câmara de Vereadores, no intuito de mostrar as dificuldades enfrentadas diante a pandemia. Eles se posicionaram em fila e com distanciamento, numa obediência as regras de enfrentamento ao coronavírus. Segundo Rafael do Nascimento, dono da Academia Fitness Club, na reunião foi aprovado requerimento do Poder Executivo que define uma elaboração de um plano assistencial aos comércios fechados. “Sabíamos que a votação iria acontecer e fomos até o legislativo. Na verdade, só queremos que o prefeito Marcio nos chame e nos ouça. Temos um plano para contribuir com este momento. Entendemos que a saúde vive um caos por conta da pandemia, mas só queremos trabalhar e honrar nossos compromissos”, concluiu Rafael.