Corrida pela vacina contra a Covid-19 tem 133 candidatas em 30 países

[caption id="attachment_24046" align="alignnone" width="637"] Brasil está entre os países a testarem vacinas contra a Covid 19[/caption] Da Assessoria Três meses depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizar a Covid-19 como uma pandemia, o que todos querem saber é quando será possível, enfim, retornar à normalidade. Segundo especialistas, isso só acontecerá quando houver uma vacina capaz de lidar com a doença. Para os otimistas, isso pode acontecer ainda em 2020. Para os mais realistas, daqui a um ano ou um ano e meio — e ainda assim seria um recorde, considerando que a vacina mais rápida já criada, contra o sarampo, levou cerca de dez anos para ser desenvolvida (o vírus causador foi identificado em 1953 e a vacina, aprovada em 1963). No site da OMS, um relatório publicado na última terça-feira mostra que estão sendo desenvolvidas pelo menos 133 candidatas a vacina contra o vírus SARS-Cov-2. A corrida pela descoberta do antídoto reúne ainda 30 países, entre eles o Brasil, com pesquisas em fase pré-clínica sendo desenvolvidas pela Faculdade de Medicina da USP em conjunto com o Incor e também pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas, que tem base técnica elaborada pelo Grupo de Imunologia de Doenças Virais da Fundação Oswaldo Cruz-MG. Com relação ao total de candidatas, porém, quem lidera é os Estados Unidos, que participa como protagonista, seja por meio do governo (universidades e entidades públicas) ou do setor privado (laboratórios e empresas farmacêuticas), de 37 iniciativas. A China aparece em segundo lugar no ranking, com 17 pesquisas em andamento, acompanhada pelo Canadá, com 12. Dessas 133 candidatas a vacina, 10 já estão na fase clínica, ou seja, sendo testadas em humanos. Essa etapa do estudo se divide em três momentos, sendo o último deles o ensaio em larga escala, com milhares de indivíduos e que fornecerá uma avaliação definitiva da eficácia e segurança do medicamento. A pesquisa em estágio mais avançado está sendo pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e agora iniciará os testes da última etapa da fase clínica. O antídoto, inclusive, será testado também no Brasil, conforme publicação no ‘Diário Oficial da União’. Duas mil pessoas participarão dos testes no Brasil, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os experimentos com brasileiros , que contam com o apoio do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Brasil iniciará neste mês testes com a potencial vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra a Covid-19, informaram a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que participará do estudo, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Unifesp, duas mil pessoas participarão dos testes, que serão feitos também com apoio do Ministério da Saúde. Para a etapa dos testes em São Paulo, serão selecionados 1 mil voluntários que estejam na linha de frente do combate à Covid-19, pois estão mais expostos à doença. Os voluntários não podem ter entrado em contato com a Covid-19. Segundo a Anvisa, o pedido para realização dos testes foi feito junto à agência reguladora pela empresa AstraZeneca do Brasil, controlada pelo conglomerado farmacêutico AstraZeneca. O Brasil foi escolhido para participar dos testes porque por aqui a doença ainda está em plena circulação.