Os reajustes no Bolsa Família, criado em 2003, refletem diretamente no aumento da extrema pobreza, de acordo com estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O programa registrou em dezembro do ano passado 13,1 milhões de famílias atendidas, segundo dados do Ministério da Cidadania. Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres caiu 39%. Em igual período, houve crescimento de 67% da população que vive em extrema pobreza.
A pesquisa da FGV mostra que foram desligadas 900 mil pessoas do Bolsa Família somente em 2019, "acarretando no surgimento de uma fila média anual de 500 mil pessoas que deveriam estar sendo atendidas, mas ainda estão esperando para serem cobertas pelo Bolsa Família".
O orçamento em 2020 será de R$ 29,5 bilhões contra R$ 32,5 bilhões de 2019. Essa redução deve afetar a economia do país. Segundo a FGV, "para cada R$ 1 gasto com o Bolsa Família são gerados R$ 1,78 para a economia brasileira".