Delegado Recalcatti alerta para reduções anunciadas no pedágio
O deputado Delegado Recalcatti (PSD), membro da Frente Parlamentar do Pedágio, da Assembleia Legislativa, fez um alerta nas redes sociais nesta semana sobre a redução de 65% nos valores dos pedágios que vem sendo amplamente divulgada na imprensa do Paraná. "Este índice de redução é de apenas uma praça do pedágio", informou. "A maior parte das reduções vai ficar entre 20% e 30%, deixando as tarifas ainda com valores muito elevados", explicou.
"O valor na Lapa, por exemplo, poderá cair de R$ 15,30 para aproximadamente R$ 11,00, o que é muito alto numa rodovia que já está duplicada e que somente vai precisar de manutenção e serviços de atendimento aos usuários", justificou. "Em outros estados, o pedágio custa de R$ 3,00 a R$ 8,00, mas pela proposta nova do governo federal no Paraná ficará entre R$ 6,00 e R$ 14,00”, acrescentou. “Vamos continuar com o título de pedágio mais caro do país”.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS - Nesta sexta-feira, 29, a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve divulgar as datas e locais da sessão virtual, além do período das Audiências Públicas para "receber contribuições às minutas de edital e contrato, ao Programa de Exploração da Rodovia (PER) e aos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, para concessão das Rodovias Paranaenses". Em release, a ANTT enumera as seguintes rodovias que serão pedagiadas: BR-153, 158, 163, 272, 277, 369, 373, 376 e 476.
MODELO HÍBRIDO - Segundo Delegado Recalcatti, na próxima quarta-feira, dia 03, acontecerá na Assembleia Legislativa do Paraná uma audiência pública entre os deputados estaduais e representantes da Empresa de Planejamento e Logística S/A (EPL), ANTT e do Ministério da Infraestrutura para esclarecer o modelo proposto. Chamado de “modelo híbrido”, a licitação por essa proposta levará em consideração a oferta da “menor tarifa” e o pagamento de uma outorga ao governo federal pelas concessionárias.
“Os deputados da Frente Parlamentar do Pedágio são contra o modelo híbrido e querem a realização de licitação apenas pela oferta da menor tarifa, sem a cobrança da outorga”, afirmou Delegado Recalcatti. “O modelo da menor tarifa tem sido adotado em diversos outros estados do país mas no Paraná querem continuar cobrando a taxa de outorga, o que encarece o valor final para os usuários das rodovias”, explicou ele.
15 NOVAS PRAÇAS - Os parlamentares também são contra a criação de 15 novas praças de pedágio, elevando o número de 27 para 42 postos de cobrança. “É preciso avaliar bem as rodovias que deverão ser pedagiadas a partir deste ano”, afirmou. Ele citou que está nos planos do governo federal a cobrança de pedágio entre Cascavel e Toledo, um trecho de 45 quilômetros na BR-467. “Essa rodovia está totalmente duplicada desde 2006 e em perfeitas condições”, disse.
Delegado Recalcatti afirmou que recebeu nesta semana cópia de Ofício assinado pelos 19 vereadores de Toledo que foi encaminhado ao Ministério da Infraestrutura com posicionamento contrário à nova praça de pedágio. No documento, os vereadores afirmam que a cobrança irá “dificultar e até inviabilizar grande parte do desenvolvimento econômico, social e educacional” daquela região. Segundo eles, além de toda a produção agropecuária, milhares de estudantes universitários trafegam na rodovia diariamente.