FRG: Oito pessoas são presas em operação que investiga crimes contra consumidores em rede de óticas, em Curitiba e Região Metropolitana

Carros de luxo foram apreendidos na operação — Foto: RPC

G1 Paraná

Oito pessoas foram presas pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (7), em Curitiba e em cidades da Região Metropolitana, em uma operação que investiga crimes contra consumidores praticados por uma rede de óticas. Segundo a Polícia Civil, o esquema envolvia estelionato, indução do consumidor a erro e crimes contra a saúde pública. Além disso, a rede é suspeita de vender produtos contrabandeados e de baixa qualidade. Segundo balanço divulgado pela polícia, até o momento, mais de 100 mil armações foram apreendidas, além de dois carros de luxo, um deles avaliado em mais de R$ 300 mil.

Os mandados da operação foram direcionados para endereços de Curitiba, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Colombo e São José dos Pinhais. De acordo com o delegado responsável, Cássio Conceição, a organização criminosa atuava, principalmente, com pessoas idosas, que eram abordadas na calçada por funcionários da rede. O delegado disse que as vítimas eram convencidas a entrarem na loja, realizarem exames de vista e comprarem novos óculos. Denúncias indicam, ainda, que, muitas vezes, os funcionários prescreviam receitas, o que também é ilegal. “Como as vítimas eram idosas, essa pessoas iam, coagiam, conversavam, já faziam uma consulta [...] eles pegavam o cartão dessas vitimas, passavam o cartão com valores acima dos cobrados, o que também configura estelionato mediante fraude. São uma série de condutas que vinham acontecendo há algum tempo. Esses consumidores já vinham reclamando, inclusive, da abordagem, que era feita de uma forma bem grosseira".

Ao todo, segundo o delegado, 28 boletins de ocorrência foram registrados contra a rede de óticas, mas a polícia acredita que o número de vitimas é maior. Entre os presos está Adriana Dias, de 61 anos, que segundo a polícia era dona das lojas e já tinha sido presa por um esquema semelhante em 2011, na região de Curitiba.

Em nota, a defesa de Adriana informou, que "a operação foi desproporcional aos fatos e que está requerendo judicialmente a liberdade dos investigados". Na ação desta terça, também participam da operação o Procon, a Associação Brasileira de Combate à Falsificação e a Secretaria de Urbanismo. Até o início da tarde desta terça, a polícia ainda realizava buscas e apreensões.