Homem é condenado a mais de 21 anos de prisão por matar esposa e enterrar corpo dentro de casa, em Fazenda Rio Grande

Crime chocou a cidade. Vítima, Ana Paula Proença, de 25 anos, foi morta na frente do filho do casal.
Foi condenado a 21 anos, 4 meses e 7 dias de prisão, além de uma indenização de 21 mil reais, Adriano Meinster, de 35 anos, acusado de assassinar brutalmente a esposa, Ana Paula Proença, de 25 anos, e enterrar o corpo dentro da própria residência, no município de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba.
O crime aconteceu em 21 de dezembro, após uma discussão do casal. Segundo a Polícia Civil, a motivação foi passional. Adriano teria sido confrontado por Ana Paula após ela encontrar mensagens no celular do marido, que mantinha um relacionamento extraconjugal. Durante a briga, ele estrangulou a esposa, na frente do filho do casal, uma criança de apenas dois anos.
Após o crime, Adriano ocultou o corpo, enterrando-o no chão batido de um dos cômodos da residência. Além disso, utilizou o celular da vítima para enviar mensagens se passando por ela, tentando enganar familiares e amigos e até apagou imagens de câmeras de segurança.
O desaparecimento de Ana Paula gerou grande comoção. Dois dias depois, a polícia começou a desconfiar do marido. Durante uma busca na casa, os policiais sentiram um forte cheiro de cal, utilizado na tentativa de disfarçar o odor do corpo. Pressionado, Adriano acabou confessando o crime e levou os agentes até o local onde o corpo estava enterrado.
O acusado foi encontrado escondido na casa dos pais, na zona rural de Mandirituba, e chegou a tentar fugir, mas foi capturado em um matagal.
Julgamento marcado por tensão
Durante o julgamento, a defesa tentou adiar a sessão devido à ausência de duas testemunhas e também questionou a suposta falta de acesso a gravações que, segundo eles, poderiam contribuir com o processo. A promotoria rebateu, afirmando que a defesa nunca solicitou formalmente tais materiais.
Houve momentos de tensão no tribunal. Em uma das fases, durante a reconstituição do crime, um desentendimento entre o promotor e o advogado de defesa quase interrompe os trabalhos.
Adriano preferiu permanecer calado, não respondeu às perguntas da juíza, do Ministério Público e da acusação, interagindo apenas com sua defesa.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o corpo da vítima foi encontrado com as mãos amarradas para trás e arame farpado no pescoço, fato inicialmente contestado pela defesa, que alegou que esses elementos não haviam sido percebidos na primeira perícia. Fotos do local, no entanto, comprovaram a versão da acusação.
A defesa ainda tentou retirar a qualificadora de feminicídio, argumento que foi rejeitado pela Justiça, que manteve as acusações de feminicídio, fraude processual e ocultação de cadáver.
Justiça feita
O caso, que chocou não apenas Fazenda Rio Grande, mas todo o estado, reforça o alerta para os índices alarmantes de violência contra a mulher no país.
Se você sofre ou conhece alguém que sofre violência doméstica, denuncie. Disque 180. A denúncia é anônima e pode salvar vidas.
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