Lei Anti-Oruam chega ao Rio de Janeiro

Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro foi iniciada a discussão sobre o projeto de lei que impede que o município contrate artistas onde nas apresentações abertas ao público infantojuvenil, sejam realizadas apologias ao crime organizado ou uso de drogas. Em São Paulo, a "Lei Anti-Oruam" já está em tramitação.
No Rio de Janeiro, os responsáveis por trazer essa lei e o debate, são os vereadores Pedro Duarte (Novo) e Talita Galhado (PSDB), que apresentaram a proposta na segunda-feira (17).
"A proposta surge da necessidade de garantir que tais eventos sejam promovidos de forma responsável, especialmente no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes". Essa é justificativa colocada no projeto.
Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, é um rapper de 23 anos filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho. Mesmo após ganhar grande destaque no cenário musical brasileiro, sobretudo do gênero no qual se dedica, Oruam segue abordando questões de sua realidade, em principal sobre ter um pai preso.
A "Lei Anti-Oruam" segundo seus autores não foi criada para censurar os artistas e tirar suas liberdade na produção de suas artes, mas sim, que uma consciência seja criada em volta dos assuntos retratados, e como são retratados. Além de certificar que o dinheiro do contribuinte não seja usado com espetáculos que exaltam o tráfico.