Lenda viva do Rádio Paranaense

Antônio Teixeira do Nascimento, Antônio Nascimento ou, ainda, Toninho Nascimento. A forma como é chamado não importa, pois todas levam a um dos mais antigos e experientes repórteres da crônica policial de Curitiba. Hoje na Rádio Banda B - AM 550, Toninho é considerado um ícone da comunicação paranaense. Com uma enorme bagagem na reportagem policial, ele passou por poucas emissoras, isso porque, onde trabalhou, sempre criou raiz. A sua trajetória no rádio começou quando tinha 17 anos, época em que conheceu Augusto Canário, que comandava um programa na rádio Clube Paranaense. Por três madrugadas seguidas, Toninho foi apenas para visitar o comunicador. Mas acabou ficando. Durante esses três dias, o repórter oficial do programa faltou ao trabalho. Foi aí que surgiu a oportunidade: Canário convidou Nascimento, que nunca havia empunhado um gravador, para fazer as reportagens do programa. Mesmo sem experiência, ele não fugiu da responsabilidade e foi à luta. Sua primeira reportagem foi no 3º distrito policial, onde ele explicou a situação para o delegado a ser entrevistado. O doutor então elaborou as perguntas e Toninho conseguiu fazer seu trabalho. E assim nasceu um dos mais brilhantes entrevistadores do Paraná. Com passagens ainda pelas rádios Independência, Colombo e Cultura, por volta dos anos 80, ele foi ainda para a poderosa rádio Cidade AM 670, onde integrava a equipe de Ricardo Chab, falecido recentemente. Na época, a emissora fazia mais de 60% da audiência em relação à concorrência. Dali, Toninho foi para a Banda B, onde está até hoje. Entre as pessoas com quem já trabalhou, estão ainda Luiz Carlos Alborghetti e Ratinho. Formado em Jornalismo pela Universidade Tuiuti, hoje Toninho integra as empresas de comunicação de Luiz Carlos Martins. E já foi até premiado por suas reportagens duas vezes. Mais uma vez, está indicado para uma premiação. Odiado pelos corruptos e amado pelos honestos, Antônio Nascimento se enche de orgulho em falar que fez muitos amigos durante os quase 40 anos de carreira. Dotado de uma memória incrível, Toninho é capaz de se lembrar de casos e reportagens que fez ainda quando estava começando na profissão. Entre tantas coberturas realizadas, está o fatídico 29 de abril de 2015, quando a Policia Militar entrou em confronto com professores em frente à Assembléia Legislativa, no Centro Cívico. Já estávamos na era dos Iphones e Smartphones, mas com seu aparelho sem bateria, porque  estava fazendo a cobertura incansavelmente, Toninho correu para dentro da prefeitura de Curitiba até mesmo para se abrigar das bombas que estavam sendo lançadas, e acabou  encontrando duas coisas que precisava: um orelhão e o prefeito Gustavo Fruet que passava por ele no momento. Com tino do bom repórter, não perdeu a oportunidade e entrevistou o prefeito pelo telefone público mesmo. Cristão, é membro da Igreja Adventista do sétimo dia onde é Barítono e faz parte de um quarteto com vários CDs gravados, além do que canta no Coral Curitiba Mens, um fenômeno da música gospel com quase um milhão de visualizações no Youtube. Quando está de férias, além de se dedicar à música, também gosta de descansar no campo ou na praia, sempre acompanhado pelos quatro filhos, Matheus, Ana, Rebeca e Marco. Nem sempre consegue reunir todos, mas quando pode, não perde a oportunidade. Esse é o repórter Antônio Nascimento.   De bate pronto Nome: Antônio Teixeira do Nascimento Nome artístico: Antônio Nascimento ou Toninho Nascimento Natural de: Araruna-PR Grandes casos que fez coberturas: Bruxas de Guaratuba, CPI do Narcotráfico, caso Feijó, caso Maria Eugenia, confronto 29 abril. O que tem vontade de fazer que ainda não fez: Se aposentar. O que pensa sobre nossos governantes: Acredita que o Brasil vive uma crise de identidade e está à deriva. Diz que o presidente fez um discurso durante a campanha, mas hoje a realidade é outra. "Acreditei no Bolsonaro, mas infelizmente ele vem perdendo credibilidade perante os brasileiros".