Menino de 12 anos morre após ser atropelado por carro em Curitiba; motorista fugiu

Madson Ryan tinha 12 anos (Reprodução RPC)

G1 Paraná

Um menino de 12 anos morreu depois de ser atropelado por um carro no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, de acordo com a Polícia Civil. O garoto chegou a ser socorrido após o acidente, registrado na quarta-feira (13), por volta das 18h, mas morreu no Hospital do Trabalhador. Câmeras de segurança registraram o momento do acidente. Madson Ryan foi atropelado quando tentava atravessar a Rua Wilson Dacheux Pereira. O veículo estava trafegando em uma faixa exclusiva para ônibus. Segundo a polícia, o motorista se apresentou com o advogado na noite de quinta-feira (14). Ele, que não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), fugiu do local sem prestar socorro, mas responderá em liberdade.

O carro foi apreendido e será periciado. O motorista ficou em silêncio na delegacia. Ele responderá por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, por ter fugido do local, por não ter prestado socorro e pela falta de CNH. De acordo com o delegado Leonardo Carneiro, quando o motorista se apresentou, de forma espontânea, não cabia prisão em flagrante.

"Agora, o que a população e a família têm que ter certeza é que o fato dele não ser preso não significa falta de responsabilização. Ele responderá ao inquérito podendo pegar de 12 a 20 anos de prisão", afirmou o delegado.

Testemunhas já foram ouvidas na Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba. As imagens de câmeras de segurança serão periciadas e auxiliarão na tentativa de identificar a velocidade do veículo no momento do acidente.

Madson Ryan foi velado na manhã desta sexta-feira (15), também no Alto Boqueirão. A família e os amigos pedem por justiça.

Menino de 12 anos morre após ser atropelado por carro em Curitiba; motorista fugiu — Foto: RPC/Reprodução
Menino de 12 anos morre após ser atropelado por carro em Curitiba; motorista fugiu — Foto: RPC/Reprodução

"Ele [o motorista] não parou para prestar socorro. A mãe está dilacerada, família inteira está dilacerada. Era o único filho que ela tinha", desabafou Cecília Tavares, amiga da família do garoto.

Nassim Sabagg, morador do bairro, contou que estava passeando com o cachorro quando viu o atropelamento. "No momento eu não sabia o que fazia, se chorava, se gritava. Foi um desespero muito grande", afirmou. Após o atropelamento, uma técnica em enfermagem que mora nas imediações e uma enfermeira que passava pelo local prestaram os primeiros atendimento ao menino até a chegada do socorro.