Novo decreto foi construído de forma conjunta com os municípios da RMC
AEN PR
Os 11 municípios da Região Metropolitana de Curitiba que passarão a adotar medidas mais restritivas para conter o avanço do novo coronavírus tomaram essa decisão de forma conjunta, com apoio do Governo do Estado. O decreto de número 7.145, está valendo deste esta sexta-feira (19) até o domingo (28), será obrigatório para as cidades do chamado primeiro anel, aquelas que ficam mais próximas à capital, e em caráter recomendatório para o restante da Região Metropolitana. Para os demais municípios paranaenses, ainda é válido o que está previsto no decreto 7.122. Fazenda Rio Grande está no primeiro anel.
As medidas foram apresentadas nesta sexta-feira (19) pelo secretário estadual da Saúde, Beto Preto, e pelo prefeito de Almirante Tamandaré, Gerson Colodel, que preside o Consórcio Metropolitano de Saúde (Comesp). O diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Nestor Werner Junior, e o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Sílvio Rockembach, também acompanharam a entrevista coletiva. “As restrições mais rígidas são necessárias por causa do momento crítico da pandemia no Estado, principalmente na Capital e nos municípios do entorno, onde uma maior circulação de pessoas e, consequentemente, de propagação do vírus”, afirmou Beto Preto.
As ações para evitar o colapso da saúde na RMC foram definidas pela manhã, em reunião do Fórum Metropolitano de Combate à Covid-19, que contou com a participação do secretário Beto Preto, do chefe da Casa Civil, Guto Silva, do secretário estadual da Comunicação Social e da Cultura, João Debiasi, e de prefeitos, secretários e equipes de saúde municipais. “Um único decreto, editado pelo Estado, dá mais força política e embasamento técnico a todos os municípios. Apesar de termos nossas próprias estruturas de saúde, dependemos das vagas que são abertas pela Central de Regulação de Leitos, então se falta para um, vai faltar para o outro também. A Secretaria da Saúde tem feito tudo o que está ao seu alcance para salvar vidas”, ressaltou Colodel. “A ação conjunta também fortalece a fiscalização, pois nossas cidades dependem muito do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil para coibir as festas, aglomerações e o consumo de bebidas em locais públicos”, salientou o prefeito.
De acordo com o delegado-geral Rockembach, haverá um reforço nessa fiscalização, tanto por parte das forças de segurança do Estado, como também das guardas municipais e equipes da vigilância sanitária. “Não temos medido esforços para que as restrições sejam respeitadas e cumpridas. Atuamos com rigor porque o momento é delicado, e se faz necessária a adoção de medidas mais restritivas para reduzir ao máximo o alcance da pandemia no Estado”, afirmou. Na reunião, o chefe da Casa Civil destacou que o Estado está ouvindo as lideranças municipais para adotar as medidas necessárias em função da escalada dos números da pandemia. “A crise que nos assola deixou de ser uma crise de saúde, econômica e fiscal, é uma crise humana, de solidariedade e federativa. Existem centenas de decretos tentando organizar a sociedade. Mas não são os decretos que vão nos salvar. A consciência, a coletividade, o trabalho conjunto é que poderá nos dar suporte nesse momento”, reforçou Guto Silva.