O papel da fisioterapia na doença de Alzheimer

 

Visão Geral da Doença de Alzheimer 

A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva e irreversível, caracterizada pela deterioração gradual das funções cognitivas e comportamentais. Afeta predominantemente idosos e compromete habilidades como memória, linguagem, orientação espacial, atenção e planejamento. 

A patologia evolui em três estágios: 

- Fase Leve: dificuldades de memória recente, desorientação leve, redução da eficiência nas atividades diárias. 

- Fase Moderada: comprometimento mais acentuado da memória, confusão, alterações de comportamento e personalidade. 

- Fase Grave: perda da comunicação verbal, imobilidade, incontinência e dependência total para autocuidados. 

Fonte: Alzheimer's Association (2023), Organização Mundial da Saúde (2021). 

 

Importância da Fisioterapia no Tratamento 

A fisioterapia é uma abordagem essencial para pacientes com Alzheimer, com impacto direto na funcionalidade e qualidade de vida, especialmente nas fases moderada e grave. 

Objetivos principais: 

- Preservar a mobilidade funcional; 

- Prevenir complicações ortopédicas; 

- Reduzir rigidez muscular e dor; 

- Estimular equilíbrio e coordenação; 

- Minimizar o risco de quedas; 

- Prolongar a autonomia; 

- Promover bem-estar físico e emocional. 

Fonte: Silva et al. (2020), RBGG.

 

Principais Intervenções Fisioterapêuticas

- Exercícios físicos supervisionados: caminhadas, alongamentos, força, atividades aeróbicas leves. 

- Treino funcional: tarefas diárias como levantar, subir escadas, vestir-se. 

- Estimulação motora cognitiva: jogos motores com comandos e associação. 

- Terapia manual: alongamentos passivos, mobilizações articulares e liberação miofascial. 

Fonte: Ferreira & Gobbi (2019), Journal of Aging and PhysicalActivity. 

 

Riscos da Inatividade Fisioterapêutica

A ausência de fisioterapia pode acelerar o declínio funcional e social, favorecendo: 

- Atrofia muscular e perda da marcha; 

- Aumento de quedas e fraturas; 

- Contraturas articulares; 

- Redução da autoestima; 

- Isolamento social e sobrecarga familiar.

 

Integração com a Família e Equipe Multidisciplinar

O tratamento eficaz do Alzheimer requer atuação integrada entre fisioterapeutas, médicos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e cuidadores. A educação dos familiares e a adaptação do ambiente domiciliar são fundamentais para a prevenção de acidentes e promoção de um cuidado mais seguro e humanizado. 

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2022). 

 

Benefícios Observados com a Fisioterapia

- Benefício no Impacto Clínico; 

- Preservação da mobilidade > atraso na dependência física e melhora da marcha; 

- Redução de quedas > maior estabilidade postural e reflexos aprimorados; 

- Estímulo cognitivo > atividades com 'dual task' contribuem para cognição; 

- Controle comportamental > redução de agitação e agressividade; 

- Qualidade de vida > melhoria no bem-estar, funcionalidade e conforto.

 

 

 

 

Matéria de autoria dos alunos de Fisioterapia (UniDomBosco):

Helisson Schmika; Leticia Z. Schafranski; Loidiléria Cunha; Vanessa Schmika. 

Orientado pela Profª Vivian Biernaski.