Para valorizar patrimônio cultural do Paraná, projeto chega a Piên

Com a proposta de conectar gerações e celebrar as referências culturais do Paraná, um projeto que tem percorrido o interior do estado realiza sua terceira edição a partir do dia 19 de maio, percorrendo mais três cidades. Até o final de junho, o 3º Patrimônio Vivo vai passar por Piên, Porto Amazonas e Tijucas do Sul, sempre com a proposta de valorizar a identidade e formação de cada município. Em cada um deles, inicia com oficinas abertas aos moradores das cidades, todas gratuitas, para identificar referências culturais de cada região e, a partir daí, produzir exposições interativas. Numa segunda fase, as exposições, compostas por fotos e textos, criados pelos participantes das oficinas, serão abertas ao público e doadas aos órgãos culturais municipais.
Para montar um panorama amplo e diverso de cada local visitado, as oficinas vão pesquisar temas como músicas e festas tradicionais, gastronomia, artesanato, ofícios antigos, saberes populares, lendas e costumes locais, entre outros. As inscrições para estas oficinas culturais são gratuitas e já estão abertas, no site da produtora que realiza o projeto, a Olaria Cultural – www.olariacultural.com.br O público geral pode participar, sem a necessidade de experiência prévia em pesquisa ou cultura. Jovens a partir de 16 anos também podem se inscrever. Após o término dos ciclos de oficinas, as exposições terão as datas agendadas.
Em Porto Amazonas, as oficinas vão de 19 a 28 de maio. Já em Tijucas do Sul, de 22 de maio a 17 de junho. Fechando o ciclo, em Piên, ocorrem entre 2 e 17 de junho. As aulas são realizadas em diferentes dias da semana em cada cidade, mas todas as oficinas têm uma carga total de 40 horas, sendo 32 horas presenciais em oito módulos de quatro horas e oito horas de atividade extra-sala. Informações sobre horários e inscrições podem ser obtidas no site www.olariacultural.com.br
Caindo na estrada no Paraná
A terceira edição do projeto Patrimônio Vivo é realizado pela produtora Olaria Cultural, com um projeto aprovado pela da Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal. Foi organizado pelas pesquisadoras Lia Marchi e Carol Mira, que destacam sua importância para manter vivas as tradições culturais locais.
“Quando se pensa em patrimônio, muitas vezes pensa-se nas referências materiais, esquecendo-se daquilo que mantém um senso de identidade e permanência: o patrimônio imaterial. É justamente este patrimônio vivo que focamos mais com o projeto”, reforça Lia Marchi. “Em cada cidade, vamos realizar junto com os moradores locais, reunidos nas oficinas, uma pesquisa para elencar alguns dos patrimônios vivos do local e contar sua história nas exposições”.
A primeira edição do projeto aconteceu entre o final de 2022 e o início do ano seguinte, em três cidades dos Campos Gerais: Lapa, Palmeira e Prudentópolis. “As exposições levaram as histórias para crianças, jovens, adultos e idosos de seus municípios, partilhando com a comunidade estas riquezas culturais. E, mais do que isso, valorizaram e criaram vínculos entre o passado e o futuro”, completa Carol Mira.
Em Palmeira, alguns dos temas abordados na exposição final foram: cultivo de sementes em palha, elaboração do queijo Purungo, o sabor da gengibirra, visagens e lendas da região, vinho de laranja, pão no bafo e a tradição de comer sementes de girassol.
Na Lapa, a exposição retratou: coxinha de farofa da Lapa, as belezas do Parque do Monge, o uso do pilão tradicional, o Theatro São João e seus 140 anos de história, o lenhador tradicional da cidade, artesanato com palha, a tradicional Congada e seu legado vindo da África.
Em Prudentópolis, a temática passou pelo trabalho das benzedeiras, a literatura oral e muitos aspectos da imigração ucraniana, como as pêssankas (ovos decorados), a petrykivka (estilo de pintura) e a música das banduras (instrumentos de cordas tradicionais).
Serviço: 3º Patrimônio Vivo
Inscrições abertas para as oficinas culturais em Piên, Porto Amazonas e Tijucas do Sul.
Informações sobre horários e inscrições podem ser obtidas no site www.olariacultural.com.br