Pessuti fala em ‘novo MDB’ com saída de Roberto Requião
Da Assessoria
Em 31 de julho, o ex-senador Roberto Requião, após mais de 30 anos no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), anunciou a sua saída do partido depois de a sua chapa, ‘Sempre MDB’, ter perdido as eleições da convenção estadual – a chapa vencedora, ‘MDB de Todos’, foi liderada pelo deputado estadual Anibelli Neto. E sobre a saída de Requião do partido, o ex-governador do Paraná e uma das lideranças do MDB, Orlando Pessuti, explica como a ausência do ex-senador impactará nos trabalhos do MDB/PR. Além disso, ele comenta qual a sua opinião sobre a partida de Roberto Requião. Segundo Orlando, a eleição da chapa de Anibelli “nos traz um recado muito importante, que o MDB do Paraná quer novos rumos, caminhos. Que isso (eleição) possa significar, acima de tudo, um processo de reorganização, reestruturação, revigoramento do nosso partido. Então, o recado foi bem dado”, diz. “Nós não queríamos continuar do jeito que o partido vinha sendo conduzido nos últimos anos. Foi muito bom o que aconteceu”, reforça o político.
Além disso, Pessuti analisa que a eleição da nova chapa “será um MDB de todos e para todos. Democrático, transparente, onde a participação dos companheiros filiados terá valor e respeito. A democracia voltando ao nosso partido”. A chapa vencedora teve 203 votos (76%), enquanto a perdedora recebeu 77 votos (24%).
Futuro do MDB
Sobre como fica a movimentação política do MDB para as próximas eleições, Orlando explica que “será desenvolvida dentro da maior normalidade possível. Tudo poderá ser feito, nos próximos meses, até que cheguemos nas convenções de agosto (do ano que vem) para decidirmos o que faremos”. O ex-governador também comentou ao Portal aRede que serão discutidas as possibilidades de lideranças para a disputa como deputado(a), vice ou até mesmo governador(a).
Saída de Requião
De acordo com Pessuti, a saída de Roberto Requião do MDB “demonstra que ele queria o partido para atender a seus interesses pessoais, políticos. Quando ele percebeu que o partido será conduzido para atender anseios de todos os ‘mdbistas’, ele não ficou mais”, pondera. Em suas redes sociais, o ex-governador publicou, após as eleições, que “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
Sobre essa fala, Orlando comenta que “o Requião, ao longo da sua trajetória política, sempre impediu o crescimento de companheiros. Quem destila seu veneno contra amigos e companheiros, um dia esse veneno pode voltar para a pessoa. Foi o que aconteceu com o Requião”, ressalta. Por fim, o ex-governador critica uma fala de Requião, após sair do partido, dizendo que o MDB/PR é “bolsonarista e racista”. “Não tem nenhum sentido de ser. Na história do MDB, sempre foi de respeitar as diferenças de gênero, os direitos dos povos indígenas, negros, jovens e adultos. Então, chamar o MDB de bolsonarista e racista é mais uma dessas manifestações equivocadas do Roberto Requião”, finaliza.