Polícia investiga atropelamento com morte em Fazenda Rio Grande na madrugada. Motoristas estariam fazendo racha

Lilian retornava de uma viagem a Aparecida (SP) quando foi atingida — Foto: Arquivo Pessoal

 G1 Paraná

A Polícia Civil de Fazenda Rio Grande, investiga a morte da motociclista Lilian de Lima Pinheiro, de 36 anos, atingida por um carro que avançou a preferencial. Ninguém foi preso. De acordo com a polícia, o motorista causador do acidente não ficou para prestar socorro e o inquérito policial aponta que ele praticava um racha. Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o momento do acidente, que aconteceu no madrugada de segunda-feira (22).

Dois carros em alta velocidade e, conforme a polícia, em um racha, estão na Av. Paraná e cruzam a preferencial, atingido a motociclista que trafegava pela Rua Francisco Claudino dos Santos. Após o acidente, o motorista do carro preto, que atinge a motociclista, abandona o veículo e foge do local, segundo as investigações. Enquanto o condutor do carro branco vê o acidente e vai embora, também sem prestar socorro, de acordo com a polícia. Conforme o delegado responsável pelo caso, Ademair Braga, os dois motoristas foram ouvidos na delegacia e preferiram o silêncio.

O motorista do carro preto será indiciado pela prática de racha, omissão de socorro e homicídio doloso, quando se assume o risco de matar. O condutor do outro veículo será indiciado pela prática de racha e omissão de socorro.

Família quer justiça

Lilian retornava de uma excursão para Aparecida, em São Paulo, quando foi atingida pelo carro. A filha Ariane de Barros, que está grávida, afirmou que a sensação é de impotência. "A única coisa que eu consegui fazer foi gritar, para ver se tirava um pouco o peso daquela dor. É muito triste perder uma mãe assim tão jovem", lamentou. A irmã de Lilian, Fabiana Pinheiro, quer respostas da Justiça. "Que não seja mais um atropelamento, mais uma vítima, mais um número. Quem fez isso, tem que ter isso no histórico, para olhar para trás e ver que matou uma pessoa", falou.

O advogado da família de Lilian, Igor José Ogar, disse estar claro o crime de homicídio doloso, quando se assume o risco de matar. "Entendemos o cometimento de vários crimes, entre os quais o homicídio doloso, onde, agindo daquele modo, o motorista assumiu o risco de produzir o resultado morte de outra pessoa. Até a publicação desta reportagem, as defesas dos motoristas envolvidos no caso não foram localizadas.