Polícia suspeita que explosão em estande de tiros de Pinhais foi causada por bomba de fumaça

Imagem do local após a explosão no último s[abado (Foto cedida)

G1 Paraná

A Polícia Civil suspeita que a explosão registrada em um estande de tiros de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (19), tenha sido causada por uma bomba de fumaça. Uma câmera de segurança flagrou a explosão. Quatro pessoas ficaram feridas após a explosão. Segundo a polícia, o acidente aconteceu em um estabelecimento privado. Duas das vítimas são policiais militares, que estavam orientando empresários taiwaneses. Cerca de 30 segundos antes da explosão, as imagens de câmera de segurança registraram o momento em que uma mulher pega um objeto em uma caixa.

Conforme as investigações, a mulher que aparece nas imagens é uma policial militar. A polícia informou que o objeto que ela apanhou é uma bomba de fumaça, usada em treinamentos e competições esportivas. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as responsabilidades do acidente. A investigação apurou que a empresa tinha apenas um dos quatro alvarás exigidos para esse tipo de negócio. O advogado que acompanha o caso, Adriano Chohfi, disse que apura a ocorrência de incêndio culposo ou doloso, além de lesão corporal culposa. "Nós temos que aguardar o laudo da perícia, da criminalística, para que a gente possa afirmar qual foram as causas do incêndio ou da explosão", afirmou. Os dois policiais militares estão internados em estado grave, em um hospital de Curitiba. Familiares não autorizaram a divulgação do boletim médico dos empresários taiwaneses.

O que diz a defesa

O advogado de defesa do estabelecimento, Marluz Dalledone, disse que o dono da empresa estava providenciando o alvará da polícia e havia solicitado uma vistoria do Corpo de Bombeiros. A defesa alega ainda que a atividade era de baixo risco e, portanto, precisava apenas de uma consulta à Prefeitura de Pinhais, que foi feita. Sobre o treinamento tático, o advogado disse que o espaço foi cedido para os policiais, que não comunicaram a empresa sobre o uso de bomba de fumaça. A Polícia Militar afirmou que vai apurar a afirmação da defesa e, depois, se manifestar sobre o caso. O Exército informou que continua com o procedimento administrativo de apuração dos fatos.