Professora que conviveu com câncer de mama, faz alerta sobre a importância do diagnóstico precoce
Da Redação
Receber o diagnóstico de um câncer de mama não é fácil, principalmente em tempo de pandemia, por conta do Coronavírus-19. São muitos os relatos de pessoas que enfrentaram a doença e agora estão curadas e ajudam novas pacientes a manterem as esperanças em seus processos de cura. A professora Claudinéia Boscardin (fotos), que trabalha no CMEI Gralha Azul, em Fazenda Rio Grande, foi diagnosticada com câncer de mama, em agosto do ano passado, após se auto examinar no banho. “Senti o caroço, mas relevei. Fiquei observando e notei que crescia. Algum tempo depois estava em tratamento no Hospital Erasto Gaertner”, lembra a professora Néia, como é chamada. “Descobri cedo a doença e por procurar o médico em seguida, o câncer não se espalhou pelo corpo”, comenta a educadora, que na semana passada passou pela última sessão de radioterapia.
Com 30 anos, Néia afirma que o apoio é fundamental para a paciente se sentir acolhida, perceber que não está sozinha. “Desde que descobri a doença, recebi total apoio de todos, especialmente da família, do marido, que esteve comigo o tempo todo. A família, o afeto diário me deu forças”, disse, lembrando que ficou fortalecida pela oração e por ser temente a Deus. Após conversar com a irmã Petra, que trabalha na Policlínica, Néia fez exames específicos e levou para avaliação do Dr. Demetryus, que é clínico geral. Em seguida, o médico fazendense a encaminhou para especialistas no Erasto Gaertener, que é referência no País em tratamento de pessoas com câncer. Pessoas com suspeita de câncer, devem ser avaliadas por médico oncologista. “Acredito que, por eu ter procurado rapidamente o médico, evitou maiores problemas”, destaca. Porém, o grande drama vivenciado, foi perder cabelo. Segundo especialistas, a queda do cabelo e a retirada da mama costumam abalar a autoestima da mulher, pois impacta duas partes do corpo, muito relacionadas à feminilidade. Manter o equilíbrio emocional é fundamental para o tratamento, pois o desenvolvimento de quadros depressivos ou de ansiedade pode fazê-la querer desistir, opinam médicos. “O primeiro baque foi o diagnóstico e, perder o cabelo me deixou preocupada, mas felizmente consegui vencer o receio de ficar careca. Minhas comadres (amigas) foram importantes, pois além de me presentearem com lenços, elevaram minha confiança e auto estima”, lembra Néia.
A professora passou por duas cirurgias, a primeira em 17 de novembro do ano passado, com a retirada do tumor e, uma segunda, em 28 de dezembro do mesmo ano, para a chamada margem de segurança. “Passei pelas sessões de rádio e quimioterapia e hoje me sinto fortalecida. Sei que só o tempo dirá como estou, mas hoje me sinto forte, segura e minha vida é normal”, acentua.
Apesar de comemorar os resultados positivos do tratamento, a professora terá que tomar o remédio tamoxifeno, pelo período de 5 anos. No mês do Outubro Rosa, Néia orienta as mulheres a fazer o exame preventivo. “É um exame que poder ser feito nas unidades de saúde. Mulheres, façam o preventivo, que não custa nada. É uma forma de esta terrível doença”, alerta e finaliza Néia.