Sucesso mundial, KING KONG FRAN desembarca em Curitiba

Depois de 100 mil espectadores em teatros brasileiros e turnê na Europa, o espetáculo KING KONG FRAN volta ao Brasil para uma grande turnê nacional, que passará por Curitiba (PR) no próximo dia 11 de maio, para única apresentação na Ópera de Arame.
“Faça tudo que eu mandar. Caladinho, que vou te ensinar. Tira a roupa, baby”. Essas são as primeiras falas da “Fran”, personagem da atriz Rafaela Azevedo e protagonista em voo solo no espetáculo KING KONG FRAN. A fala é logo na entrada da personagem no palco, enquanto ela canta e dança uma paródia da música “Toxic”, de Britney Spears – escolha da cantora e compositora Letrux, que assina a direção musical da peça. O recado está dado logo no início do monólogo.
Com direção e dramaturgia da própria Rafaela Azevedo em parceria com o diretor Pedro Brício, a montagem KING KONG FRAN tem um caráter de performance. Em uma fusão das linguagens de circo e teatro, o solo, protagonizado pela personagem-título “Fran”, convida o público a conhecer o avesso dos estereótipos do feminino disseminados na sociedade. O exercício da dupla de diretores e dramaturgos foi inverter a lógica machista, fazendo com que os homens experimentem um pouco a sensação de objetificação.
“Todas as frases e dramaturgias que eu criei para a Fran são coisas que eu ouço, ou seja, que foram ditas com naturalidade por um ex-namorado, pelo marido de uma amiga ou em uma conversa entre os caras, na qual eles objetificam mulheres, mas nunca problematizam isso”, explica Rafaela Azevedo, que, além da direção, dramaturgia e atuação, assina também a produção do espetáculo.
Partindo de referências como a atração circense Monga, A Mulher Gorila, e, claro, o filme King Kong, a personagem “Fran” acaba conduzindo uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero, por meio de uma conversa cheia de humor e ironia. “Na comunicação com o público, sobretudo o feminino, a Rafa expõe de uma maneira muito crítica os papéis sociais do homem e da mulher. E como ela consegue inverter o jogo”, explica Brício, coautor e codiretor do espetáculo.
KING KONG FRAN estreou em 2022 por meio de crowdfunding na plataforma Catarse. Ao todo, foram 311 benfeitores que se juntaram para reunir R$ 30 mil, um orçamento destinado à montagem e a exibição de 4 sessões no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. Foi assim o começo de uma febre. Hoje, “Fran” vive também fora dos palcos. Seja com seu perfil no Instagram, seu podcast FranCast, no seu reality show, ou no livro KING KONG FRAN, publicado pela editora Cobogó, que reúne o texto da peça na íntegra, e ainda textos extras de Viviane Mosé, Letrux, Rafaela Azevedo, Pedro Brício, Maria Ribeiro, e ilustrações de Juliana Montenegro.