Curitiba
Taxistas celebram proibição do aplicativo em Curitiba
Publicado: 15/04/2016
Autor: oreporter
O projeto de lei que proíbe o Uber, serviço acionado por aplicativo de celular para o transporte remunerado de passageiros, em Curitiba, após intensas discussões na Câmara de Vereadores foi proibido e agora, segue para a sanção do prefeito Gustavo Fruet. Na terça-feira (12), os vereadores votaram, em segundo turno, a favor do projeto de lei, cujo autores são Jairo Marcelino (PSD) e Chico do Uberaba (PMN). A proposta foi aprovada com 27 votos favoráveis e 4 contrários.
Os taxistas, que compareceram em grande número para acompanhar a votação, festejam a proibição. O motorista de Uber que for flagrado transportando passageiro, será multado em R$ 1,7. “Se querem trabalhar, que paguem impostos, regularizando o veículo na URBs” disse um taxista, atuando há 20 anos em Curitiba. Segundo os autores da proposta, a mudança na legislação tem o objetivo de garantir maior segurança aos usuários do sistema de transporte de passageiros, com a fiscalização da atividade pelo poder público. Votaram contra a proibição do Uber os vereadores Bruno Pessuti (PSD), Jonny Stica (PDT), Pier Petruzziello (PTB) e Tiago Gevert (PSC).
Os profissionais dizem que as regras precisam ser respeitadas, principalmente agora, com a aprovação da Lei. “Não admitimos que uma empresa privada entre no Brasil e dite ordens. Isso é debochar de todos os taxistas. Investimos em carros confortáveis para que os passageiros posam se deslocar de maneira aconchegante. O que vemos por ai, são carros da Uber sem nenhum tipo de conforto, alguns carros são 2008, quando a maioria dos veículos autorizados, são modernos, com ar e outros benefícios. Nosso País tem Leis e isso tem que ser respeitado. Existem planos diretores de transporte, planejamento de trânsito, que não tem como ser viáveis quando uma empresa joga milhares de carros piratas pelas ruas, rodando horas e horas em busca da carona remunerada. Isso é um atentado e as leis devem ser respeitadas”, disse um taxista, em nome da categoria, que oferta empregos e alimenta milhares de pessoas.
Apesar do projeto, os taxistas observam que tem motoristas usando o sistema para transportar passageiros. “Se a lei proibiu este sistema, que seja feita uma fiscalização rigorosa. Precisamos deste apoio”, finalizou um representante da entidade dos taxistas.