Unidades de saúde oferecem grupos de apoio para quem deseja parar de fumar

Em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Secretaria Municipal de Saúde de Araucária reforça a importância da prevenção e do combate ao tabagismo. A data tem como objetivo alertar a população sobre os riscos do uso do tabaco, responsável por inúmeras doenças e mortes evitáveis. Em Araucária, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem grupos de apoio gratuitos para quem deseja parar de fumar.
Para participar, a pessoa interessada deve comparecer à UBS mais próxima para uma avaliação inicial. A avaliação clínica é feita por uma equipe multiprofissional capacitada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que pode incluir médico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta e técnico em saúde bucal. A partir dessa triagem, o paciente é inserido em uma lista de espera até que se forme um grupo com, no mínimo, 10 participantes.
Durante os encontros, os participantes recebem orientações sobre os malefícios do tabaco e estratégias para deixar de fumar. Quando necessário, o médico responsável pode prescrever o uso de adesivos, gomas de nicotina ou medicamentos como a bupropiona, de acordo com o grau de dependência e o histórico de saúde de cada paciente.
O acompanhamento tem duração de até um ano. No primeiro mês, são realizados quatro encontros semanais. Nos dois meses seguintes, os encontros passam a ser quinzenais, depois mensais, até o encerramento do ciclo. “Não existe forma segura de fumar. Seja por meio do cigarro eletrônico ou do cigarro convencional, os danos à saúde são severos. Por isso, é imprescindível parar com o hábito”, alerta o enfermeiro Cláudio Antunes, do Departamento de Atenção Primária (DAP).
Riscos da nicotina e do cigarro eletrônico
A nicotina, o formaldeído e o acetaldeído estão presentes tanto no cigarro tradicional quanto nos dispositivos eletrônicos. Essas substâncias são altamente tóxicas, causam dependência, podem provocar danos permanentes ao organismo e aumentar o risco de doenças graves, incluindo o desenvolvimento de tumores malignos.
Embora a comercialização de cigarros eletrônicos seja proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, adolescentes e jovens ainda têm acesso fácil a esses dispositivos por meio da internet, do comércio informal ou adquirindo no exterior. É importante que os pais orientem seus filhos a respeito dos riscos dessa prática.