Universitária denuncia tentativa de estupro em elevador; polícia apura

Jovem conta que crime ocorreu no prédio onde mora, em Salvador. Delegada que investiga o caso diz que abriu inquérito na segunda-feira.


Imagem sugere que suspeito está à espera da
jovem (Foto: Arquivo Pessoal)
"Ele já estava esperando o elevador e entrou comigo. Eu estava com as mãos ocupadas e pedi que ele apertasse o andar. Ele se apresentou e perguntou se eu morava aqui. Eu disse que sim. Ele se aproximou, me empurrou e me deu um beijo forçado. Eu me agachei. Ele colocou a mão contra a minha perna e ficou apalpando a minha coxa. Eu consegui enfiar o dedo direto na boca dele, me afastei e dei um tapa. Foi quando o elevador abriu no meu andar", descreveu.
A estudante conta que o agressor insistiu e saiu do elevador em seu encalço. "Minha mãe estava me aguardando. Ainda assim, ele tentou invadir a minha casa. Ele chegou a entrar na minha casa. A minha mãe pensou que era meu amigo. Quando ela me viu dizer que ia chamar a polícia, percebeu que não. Consegui empurrar ele por duas vezes [para fora] e fechei a porta", acrescenta.
A jovem relata que após o assédio, ela desceu com os familiares para a portaria para procurar saber quem era o agressor. No local, descobriram pelas imagens de segurança de que se tratava de um morador do próprio prédio. "Toda a família acordou. Fomos na portaria e conseguimos essa informação [de que era morador]. Fomos na casa dele, mas ninguém atendeu. Ainda no sábado, às 15h, fui à delegacia", disse.
A denúncia foi apresentada no plantão de sábado na 16ª Delegacia, mas o Boletim de Ocorrência foi registrado na segunda-feira (8). De acordo com a delegada Maria Selma, que investiga o caso, a vítima do assédio foi ouvida na unidade policial e o agressor já foi intimado para prestar esclarecimentos. Entretanto, ele não foi mais localizado no apartamento do prédio.
"Ele vai ser encontrado. Já sabemos que ele é fisioterapeuta e atua aqui mesmo na Pituba", afirma. Maria Selma acrescenta que o inquérito de investigação por tentativa de estupro já está aberto.
A estudante compartilhou com o G1 as imagens das câmeras de segurança da área de acesso ao elevador. Ela ressaltou que o prédio não conta com câmeras dentro do equipamento, como também nos andares. A gravação mostra que o rapaz age como se estivesse espionando a vítima e decide entrar no elevador no momento em que ela aparece.
A delegada que investiga o caso disse que ainda não recebeu as imagens das câmeras de segurança, mas ressalta que o conteúdo será anexado ao inquérito.
Fonte: G1