Vereador recém-eleito em Araucária condenado por “rachadinha” praticada quando era assessor de gabinete
O crime foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná
O vereador recém-eleito, Nilson Vaz (PL), estava sendo investigado por participação, quando foi assessor de gabinete de um vereador em Araucária, em um esquema de “rachadinha”, que exigia parte da remuneração de uma servidora comissionada, para uso próprio ou do vereador, já falecido.
Junto com o Nilson foram condenados dois ex-servidores da Câmara de Vereadores de Araucária, uma ex-assessora parlamentar e um cunhado do vereador que não possuía nenhuma ligação formal com a Câmara, porém que possuía vínculo e acesso direto ao gabinete.
A Vara Criminal de Araucária proferiu sentenças fixadas em cinco anos de reclusão e 25 dias multa em regime semiaberto (para Nilson Vaz), quatro anos e dois meses de reclusão e 22 dias multa, em regime semi aberto e de 3 anos e nove meses de reclusão de 18 dias multa em regime aberto.
Os réus foram condenados à pagar R$ 164.200,00 (valores atualizados), para a reparação dos danos causados ao etário e a vítima, além de perderem eventuais cargos públicos ou mandato eletivo, assim que a decisão judicial se tornar definitiva.
Os crimes ocorreram pelo menos 80 vezes, entre 2010 e 2016, e foram denunciados pelo Ministério Público de Araucária. A investigação, realizada em abril de 2018, reuniu pessoas que ocupavam cargas comissionadas no Executivo e que, após serem indicadas às cargas, eram obrigadas a repassar parte de suas remunerações e benefícios. Em alguns casos, os valores repassados ultrapassaram 70% do salário, e aqueles que se recusaram corriam o risco de serem demitidos.