Vereadores pedem explicações no atraso de obras da Pão Nino em Campo do Tenente
Empresa de panificação recebeu terreno em 2008 e alega impacto financeiro para iniciar a construção
Da Redação
Em 2008, através de parceria público privada, entre o Executivo e a empresa Pão Nino, ficou consolidado a construção de fábrica em Campo do Tenente, para a produção de toda a linha de alimentos da empresa, que iniciou atividades em meados de 1.965. Na oportunidade, foi disponibilizada uma área de 48 mil metros quadrados em uma das margens da PR-427. Três anos se passaram e a Pão Nino não deu inicio as obras. Isso motivou um requerimento, assinado pelos vereadores Lucie Christine Cavalheiro, Josemar Veiga, Juliano da Silva, Marcos Wesley Lazarino, Roberto Carlos Maurer e Vicente Resner. Por meio do documento, os parlamentares pediram a presença da direção da Pão Nino para dar explicações acerca da demora no inicio das obras da fábrica no município tenenteano.
No último dia 7, os representantes da empresa, senhor Orlando, senhora Josiane e Mauricio estiveram na Câmara de Vereadores, onde foram sabatinados pelos autores do requerimento e, demais vereadores, além da Secretária de Desenvolvimento Econômico, Débora Justus e do prefeito Everton Vizentin. Após muitos questionamentos, os representantes informaram que a empresa tem interesse na instalação de unidade em Campo do Tenente, independentemente de ser em um terreno cedido. Porém, as obras ainda não se iniciaram, devido ao impacto econômico da Covid-19, que tornou, neste momento, inviável a construção da empresa, sem definir uma data de previsão para instalação da Pão Nino em Campo do Tenente. Ainda segundo os representantes da fábrica, a intenção é montar a unidade, com equipamentos novos, e isso demanda um investimento alto. Falaram ainda sobre a burocracia existente para abrir uma empresa e que, no início dos trabalhos, demorou aproximadamente 8 meses só para liberação de licenças ambientais, fato que atrasou o início da construção e, logo depois, chegou à questão da Covid, atrasando ainda mais o início da planta no município. Os representantes ressaltaram que a empresa é familiar, consolidada no mercado e que não tem intenção de atrapalhar o crescimento do município, pelo contrário, o desejo é contribuir com o desenvolvimento de Campo do Tenente, oferecendo vagas de trabalho.
Sobre a área cedida, os representantes concordam que seja oferecida parte do terreno, para que outra empresa se instale no local, desde que seja da área de alimentos. O presidente do legislativo de Campo do Tenente, Gustavo Vizentin, ao avaliar a reunião e sobre as colocações dos representantes da Pão Nino, disse que foi produtiva, pois ficou claro o posicionamento da empresa, em relação a instalação de unidade em Campo do Tenente.